Márcia Barreto

Isis Santana

Conheci Márcia Barreto em uma noite de segunda-feira, antes de começar a aula de Redação III. Aluna do 3º semestre do curso de Jornalismo, ela tem 31 anos, sorriso largo, olhos e cabelos castanhos, com óculos vinho e seis graus de miopia. A voz é suave e transmite calma. Vestia calca jeans, camiseta polo na cor rosa, tênis da marca Diadora, na cor prata com detalhes em azul. Nas mãos, quatro anéis de prata, dois em cada mão. No braço direito estava com um relógio pequeno de metal. No esquerdo, uma pulseira braça larga. Usava uma corrente também em prata com dois pingentes, um coração e outro com a imagem e Nossa Senhora Aparecida, parecia ser uma moça religiosa.

Márcia tem três brincos em cada orelha, dois pequenos e um grande que parecia um cacho de uva. Trabalha oito horas diárias, no setor administrativo de um hospital em Salvador. Ela me falou sorrindo que meu nome vai ser fácil de memorizar, porque tem uma sobrinha de 8 anos que tem o mesmo nome que o meu, “Isis”.

Na sala de aula, Márcia estava sentada ao meu lado, concentrada para fazer o exercício que o professor havia passado. As horas foram passando e a aula chegou ao fim, falei com Márcia, que já estava indo para próxima aula, que seria no outro prédio. E com um olhar singelo, respondeu-me que ficaria mais alguns minutos para terminar de concluir a atividade.