sábado, 8 de setembro de 2007

Um lugar especial

Márcia Barreto

Procurei um lugar mais especial do que o meu quarto e não encontrei. Meu cantinho, “meu mundo”, onde estudo, ouço músicas, vejo TV, faço meus trabalhos da faculdade, choro, fico feliz, fico triste, danço, grito, enfim, um lugar onde me sinto completamente a vontade para extravasar meus sentimentos.

Ao entrar no quarto e ficar de frente para a janela, na parede do lado esquerdo, duas prateleiras de madeira na cor branca, medindo 1,01 x 0,18, com seis enfeites de resina (anjinhos, casal de bonecos no balanço, anjinho com relógio), porta jóia com bailarina que dança, dois enfeites de louça com mensagens bíblicas (todos os enfeites foram presente de parentes e amigos), cinco porta retratos com fotos minhas, a boneca Emilia (primeiro presente que ganhei do meu pai ao nascer), um mural de cortiça com bordas brancas, com 19 fotografias minhas, da família e de viagens.

A cama é de madeira, em estilo colonial, também do lado esquerdo, da marca Movelar, na cor mogno e o colchão da marca Ortobom D33, onde relaxo e durmo bastante. Quando não estou usando a cama, ela permanece arrumada. Em cima dela sempre fica uma boneca rosa, a Paulistinha, que comprei em uma viagem que fiz a São Paulo. Ela é muito linda. Seus olhos azuis, a boca, o nariz, a toca na cabeça, o vestido e os sapatinhos, todos na cor rosa, cabelo dourado e o enchimento do corpo dela é feito de com um material antialérgico.

Ainda do lado esquerdo do quarto, uma mesa de estudo, medindo 1,12 x 0,54, de madeira MDF, com duas gavetas, revestida em fórmica na cor marfim, com laterais em pau marfim, decorada com vários adesivos do Mickey e da Minnie. Em cima um porta, ficam cinco gavetas onde guardo mais de cem canetas de várias cores e marcas, marca textos nas cores amarelo e verde, borrachas branca, rosa, verde, azul, laranja e vermelha, lápis pretos de vários tamanhos, clipes coloridos e niquelados, fitas adesivas, chaveiros e fitas do Nosso Senhor do Bomfim. Ao lado do porta treco, um estojo de plástico com desenho de uma flor e um líquido rosa no interior do plástico. Dentro há 19 canetas variadas, três marca textos (dois na cor amarela e um na cor verde), um lápis preto e uma boneca de pano prendendo e deixando as canetas sempre arrumadas. Existe ainda uma luminária de mesa branca, ao lado de alguns livros, apostilas, cadernos, um porta retrato rosa, muito especial para mim, com uma foto onde estou com o rosto pintado de branco, uma blusa preta, um sorriso lindo e um brilho nos olhos de felicidade (foto tirada na apresentação de uma oficina de teatro) em um momento de extrema satisfação, porta papel para rabisco e um espaço na mesa onde estudo e faço minhas anotações.

Um guarda-roupa na cor mogno, na parede oposta a da janela, com três portas onde há um amontoado de coisinhas, dentre elas roupas, produtos de beleza, higiene pessoal, livros, várias pastas com apostilas, materiais para estudos, bolsas, sacolas de viagens, dez álbuns de fotografias com mais de duas mil fotos de viagens, festas em datas comemorativas, família e amigos.

Ao entrar no quarto e ficar de frente para a janela, do lado direito, fica um cabide de madeira, pintado de branco, onde penduro roupas, bolsas, cintos. Ao lado, mais um mural de cortiça com bordas brancas com 19 fotografias minhas, da família e de viagens. Abaixo do mural, uma banqueta na cor preta, de plástico, onde fica o ventilador. Ao lado uma mesa, com uma gaveta, na cor mogno, uma televisão, som, computador, impressora, cds e meus sapinhos (que amo muito). Depois da mesa, um espelho de corpo inteiro com bordas em mogno.

O quarto permanece sempre arrumado, tudo nos seus devidos lugares. Um único momento em que ele se transforma é no final de semestre, quando não consigo manter a ordem, diante da quantidade de coisa para estudar, trabalhos para entregar. A preocupação excessiva não permite que minha atenção seja voltada para a ordem no quarto. Passando essa fase, tudo volta ao seu lugar. Nesse cantinho, renovo minhas esperanças, acalmo meu coração e acordo para mais um dia de Márcia Barreto.

Um comentário:

Leandro Colling disse...

como o texto fica somente nos aspectos físicos, a leitura fica cansativa. é preciso dosar com as sensações do lugar