Aline Moita
Leonina perspicaz, Helane Carine é uma menina mulher da qual pode-se esperar de tudo, desde pegar a tesoura e corta o próprio cabelo à literalmente rodar a baiana. Sem papas na língua, enfrenta tudo e a todos ou, como mesmo diz: Eu não vou, eu me jogo.
Conheci essa figura de uma forma inusitada, num palco, especificamente no palco da minha formatura de Relações Públicas. Lá estava a garota em meio aos formandos comemorando a formatura da turma de 2005 da Universidade Salvador (UNIFACS). O seu vestido preto, em detalhe uma gravata preta, não destoava dos vestidos rosa shock das formandas, pelo contrário, ela parecia realmente uma das, pois a sua irreverência e alegria não sucumbia em nada a das outras.
Até esse momento nenhuma palavra havia sido trocada com ela, apenas tinha identificado na minha fita de formatura que o segurança subia e descia do palco retirando uma pessoa, mas que para mim havia de ser algum formando, já que uma gravata estava no seu pescoço. Inesperadamente, me esbarro com a Helane nos bancos da minha segunda faculdade, agora de Jornalismo, aonde ela veio a ser minha colega de sala.
No corredor a espera do professor, sou indagada por ela: - Eu te conheço de algum lugar? Respondi: - Não me lembro. Mas comecei a aplanar sobre minha vida, quando sem medo pergunta: - Você conhece Gustavo, Natália, Gisa? Eles foram da sua sala de RP. Foi quando dei por mim que ela realmente me conhecia. Depois de ter quebrado o gelo, que não foi muito difícil para ela, Lane já batia altos papos comigo, como se fosse minha amiga há anos, inclusive já sabia de coisas da minha vida íntima que havia descoberto antes de me conhecer naquele momento, puro instinto jornalístico. Quem disse que jornalismo não é um dom? – diz Lane levantando-se em meio a nossa conversa.
Essa foi a deixa para Cari, como é chamada por alguns amigos, aplanar sobre os seus momentos de inspiração, onde descobriu a vocação. Sem cerimônias, conta que, quando pequena, ia à praia, tirava o sutiã e ficava pulando na água fazendo composições. Gostava de escrever, diz ela. A Formiga Atômica, apelido da infância, escrevia em seus diários tudo o que acontecia e, cada ano, quando terminava, ela os jogavam fora. Aos 24 anos, quando começou um relacionamento na internet, seu vício, com o primo da melhor amiga, começou a escrever um livro, que veio a terminar com 400 páginas. O livro contava sua vida pessoal, quase uma autobiografia, deletada ao fim do namoro virtual.
Numa conversa informal na sala, relembrando o conteúdo do livro, ela começou contar-me sobre uma paixão platônica da época da escola. Lane tinha nove anos quando se apaixonou por um colega do Colégio Teresa de Lisieux. Todo o ano esperava o correio do amor, realizado pelo colégio, para trocar recadinhos com a sua paixão. O amor era correspondido, até que um dia três colegas a seguraram para que ela beijasse o seu amor, mas, naquele momento, toda a sua fortaleza foi abalada com um choro e gritos chamando a professora. Hoje, 20 anos depois, afirma que o amor por ele ainda permanece.
Sem o enredo de final feliz, das histórias de fadas, a menina mulher continuou em busca de um novo amor, e foi através da internet, mais uma vez, que ela veio a conhecer o seu atual namorado. Assunto que não rendeu muito pano para manga na nossa conversa. Talvez um dia, sentadas, tomando uma cervejinha, atividade que Lane não dispensa com os amigos, ela me conte mais um pouco.
Lane é uma pessoa ligada em tudo, principalmente na internet. Segundo a ex-aluna de economia da Universidade Católica de Salvador (UCSAL), se você mandar um e-mail para ela agora, em menos de um piscar de olhos, ela já lhe respondeu. Eu era viciada em irq afirma, em meio à conversa em que admite ter ficado mais de dois dias conectada na internet.
Curtindo a vida adoidado deveria ser o filme da vida dela, mas doidice não seria ao certo o diagnóstico. A própria Lane afirma: - Eu tenho um desequilíbrio que não pode ser classificado como patologia. Sou uma pessoa agitada demais.
Leonina perspicaz, Helane Carine é uma menina mulher da qual pode-se esperar de tudo, desde pegar a tesoura e corta o próprio cabelo à literalmente rodar a baiana. Sem papas na língua, enfrenta tudo e a todos ou, como mesmo diz: Eu não vou, eu me jogo.
Conheci essa figura de uma forma inusitada, num palco, especificamente no palco da minha formatura de Relações Públicas. Lá estava a garota em meio aos formandos comemorando a formatura da turma de 2005 da Universidade Salvador (UNIFACS). O seu vestido preto, em detalhe uma gravata preta, não destoava dos vestidos rosa shock das formandas, pelo contrário, ela parecia realmente uma das, pois a sua irreverência e alegria não sucumbia em nada a das outras.
Até esse momento nenhuma palavra havia sido trocada com ela, apenas tinha identificado na minha fita de formatura que o segurança subia e descia do palco retirando uma pessoa, mas que para mim havia de ser algum formando, já que uma gravata estava no seu pescoço. Inesperadamente, me esbarro com a Helane nos bancos da minha segunda faculdade, agora de Jornalismo, aonde ela veio a ser minha colega de sala.
No corredor a espera do professor, sou indagada por ela: - Eu te conheço de algum lugar? Respondi: - Não me lembro. Mas comecei a aplanar sobre minha vida, quando sem medo pergunta: - Você conhece Gustavo, Natália, Gisa? Eles foram da sua sala de RP. Foi quando dei por mim que ela realmente me conhecia. Depois de ter quebrado o gelo, que não foi muito difícil para ela, Lane já batia altos papos comigo, como se fosse minha amiga há anos, inclusive já sabia de coisas da minha vida íntima que havia descoberto antes de me conhecer naquele momento, puro instinto jornalístico. Quem disse que jornalismo não é um dom? – diz Lane levantando-se em meio a nossa conversa.
Essa foi a deixa para Cari, como é chamada por alguns amigos, aplanar sobre os seus momentos de inspiração, onde descobriu a vocação. Sem cerimônias, conta que, quando pequena, ia à praia, tirava o sutiã e ficava pulando na água fazendo composições. Gostava de escrever, diz ela. A Formiga Atômica, apelido da infância, escrevia em seus diários tudo o que acontecia e, cada ano, quando terminava, ela os jogavam fora. Aos 24 anos, quando começou um relacionamento na internet, seu vício, com o primo da melhor amiga, começou a escrever um livro, que veio a terminar com 400 páginas. O livro contava sua vida pessoal, quase uma autobiografia, deletada ao fim do namoro virtual.
Numa conversa informal na sala, relembrando o conteúdo do livro, ela começou contar-me sobre uma paixão platônica da época da escola. Lane tinha nove anos quando se apaixonou por um colega do Colégio Teresa de Lisieux. Todo o ano esperava o correio do amor, realizado pelo colégio, para trocar recadinhos com a sua paixão. O amor era correspondido, até que um dia três colegas a seguraram para que ela beijasse o seu amor, mas, naquele momento, toda a sua fortaleza foi abalada com um choro e gritos chamando a professora. Hoje, 20 anos depois, afirma que o amor por ele ainda permanece.
Sem o enredo de final feliz, das histórias de fadas, a menina mulher continuou em busca de um novo amor, e foi através da internet, mais uma vez, que ela veio a conhecer o seu atual namorado. Assunto que não rendeu muito pano para manga na nossa conversa. Talvez um dia, sentadas, tomando uma cervejinha, atividade que Lane não dispensa com os amigos, ela me conte mais um pouco.
Lane é uma pessoa ligada em tudo, principalmente na internet. Segundo a ex-aluna de economia da Universidade Católica de Salvador (UCSAL), se você mandar um e-mail para ela agora, em menos de um piscar de olhos, ela já lhe respondeu. Eu era viciada em irq afirma, em meio à conversa em que admite ter ficado mais de dois dias conectada na internet.
Curtindo a vida adoidado deveria ser o filme da vida dela, mas doidice não seria ao certo o diagnóstico. A própria Lane afirma: - Eu tenho um desequilíbrio que não pode ser classificado como patologia. Sou uma pessoa agitada demais.
E foi assim, olhando-se para o espelho que a futura jornalista, não gostando do seu visual, cabelos pretos, longos e escovados, pegou a tesoura e cortou o seu cabelo tipo channel. Quando chegou à faculdade com seu novo visual, eu disse: - Seu cabelo está lindo, e ela me respondeu como se fosse a coisa mais natural do mundo: - Eu que cortei. Amanhã vou ao cabeleleiro acertar as pontas.
5 comentários:
gostei aline..
o final ficou ótimo
:)
ah.. e o título tb
Caramba!!!Apesar de ter conhecido Helane só nesse semestre e ter conversado muito pouco com ela, consegui identificar a pessoa com as palavras de Aline.
Texto legal, com histórias boas, mas eu pedi descrição!!!
Line,
Gostei muito do texto, adorei o título e curtindo a vida adoidado foi uma sugestão perfeita para o filme de sua vida!!!
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