Thaís Bittencourt
Nove de setembro é mais um domingo, com um pouco de chuva e sol, mas não é um domingo comum. As ruas do Campo Grande, Avenida Sete, Praça Castro Alves e Carlos Gomes, no dia-a-dia dominadas pelos carros e ônibus, deram espaço para servir de passarela para os trios e uma multidão de homens e mulheres que se divertiam sem medo de sofrer preconceito.
No momento da concentração, a chuva não desanimou a galera que estava chegando. A Parada Gay teve de tudo. Os trios foram o carro chefe para animar a multidão, com DJs e bandas de pagode, com a participação de dançarinos musculosos e travestis, todos estilosos. Parecia um dia de carnaval, todos cantando e pulando muito, com sorriso estampado no rosto. A madrinha da Parada Gay, Mariene de Castro, embalou o povo com sua voz encantadora, dando mais cor à bandeira arco-íris estendida. Dentre outras vozes que puxavam o público, ouvia-se o clamor por respeito aos homossexuais.
Os travestis foram para arrasar, cada um chamando a atenção de todos, com seus vestidos, maquiagens e perucas deslumbrantes. Ao sair da praça do Campo Grande em direção à Avenida Sete, a multidão acompanhou os trios. Nas janelas das casas, os moradores observavam o desfile animados e fazendo muita festa. Em um hotel, duas garotas faziam poses e se beijavam para aparecer nas fotos dos foliãos. O dia foi se esvaecendo e a noite chegando, mas o calor da comemoração da Parada Gay não havia abrandado, mesmo com a chuva que havia retornado só para refrescar.
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
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2 comentários:
Adorei o tema da sua descrição, mas acho que você deveria descrever todo o colorido da parada. As cores da perucas, dos enfeites, coisas asssim. beijos
tb gostei do tema, mas esse texto poderia ser escrito apenas vendo imagens pela tevê. mais sensações, mais detalhes.
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