Aline Moita
Cinco horas da tarde, tempo nublado, areia molhada e mar revoltado. Itacimirim nunca esteve tão diferente. Estive sempre acostumada a vê-la com o sol ardendo na pele, o mar azulzinho e calmo e areia branquinha cheia de crianças. Desta vez o fim do inverno está sendo rigoroso.
Caminhando pela praia, encontro uma paisagem diferente. O sol escondido atrás das nuvens esparsas, o mar um pouco agitado formando ondas que se quebram umas com as outras.
A extensão da praia é grande. O caminho a percorrer é longo. É claro que não irei fazer a travessia Itacimirim para Guarajuba, mas pretendo caminhar o equivalente a cinco quilômetros.
A caminhada começa próxima a um terreno cheio de pinheiros. De costas para o terreno, com pés enterrados na areia molhada com um tom bege, olho para meu lado esquerdo e, no horizonte, avisto uma curva com alguns coqueiros. Lá é praia do Forte, mas o meu roteiro é em direção a Guarajuba.
Durante a caminhada, um grupo de amigos segue na mesma direção. Ao andar, eles vão deixando várias pegadas na areia. Nesse momento, meu olhar torna-se mais amplo e percebo que existem tantas outras pegadas, de outras pessoas que passaram. Pegadas indo, pegadas vindo, pequenas e grandes em minha direção. Alguns castelinhos na areia comprovam que ali mais cedo houveram crianças brincando. Sargaços são encontrados em toda parte, na beira da praia, aonde a onda morre, mais acima, nas encostas, demarcando até onde a maré subiu naquele dia. Com a maré um pouco mais baixa, pedras negras com a água em algumas frestas formam bancos para o grupo de jovens sentados ao som do violão. Senhoras, adolescentes e casais aproveitam a iluminação do sol para fazer caminhadas. Um casal de namorados deitado na areia espera o sol se pôr.
Fazendo a curva próximo a uns coqueirais, vejo a frente uma barraca de madeira, com as paredes pintadas de branco e os detalhes do telhado em amarelo. De vermelho, o nome barraca: do Tomate. Umas quatro cadeiras brancas de plástico, ao redor de uma mesa da mesma cor e materiais estão armadas num pátio à frente, outras tantas cadeiras e mesas estão empilhadas ao lado da barraca. Do outro lado, uma placa branca com letras em azul onde está escrito: proibido acampar. Ironicamente, abaixo da placa, vejo uma barraca pequena e cinza.
Continuo minha caminhada. Agora vislumbro o sol um pouco mais abaixo e uma grande curva. No fim, alguns coqueirais determinam que, a partir dali, é Guarajuba. Mais acima da praia, três barracas de camping azuis estão montadas num terreno baldio. Na frente delas, o mar com as ondas arrebentando e os surfistas boiando pacientemente esperando a onda perfeita. Alguns pegam uns jacarés, outros desistem e saem do mar fazendo o sinal da cruz.
Minha andada está chegando ao fim. Agora, na minha direita, está área de entretenimento do hotel de Itacimirim, com algumas redes de vôlei. Na minha esquerda, continua o mar revoltado e, na minha perpendicular, está o sol já escondido no horizonte por algumas nuvens negras. São seis horas, tenho que voltar para o ponto de onde saí, agora verei tudo novamente, só que pelo inverso, como o espelho que visualizo com o vai vem das ondas na areia da praia.
Cinco horas da tarde, tempo nublado, areia molhada e mar revoltado. Itacimirim nunca esteve tão diferente. Estive sempre acostumada a vê-la com o sol ardendo na pele, o mar azulzinho e calmo e areia branquinha cheia de crianças. Desta vez o fim do inverno está sendo rigoroso.
Caminhando pela praia, encontro uma paisagem diferente. O sol escondido atrás das nuvens esparsas, o mar um pouco agitado formando ondas que se quebram umas com as outras.
A extensão da praia é grande. O caminho a percorrer é longo. É claro que não irei fazer a travessia Itacimirim para Guarajuba, mas pretendo caminhar o equivalente a cinco quilômetros.
A caminhada começa próxima a um terreno cheio de pinheiros. De costas para o terreno, com pés enterrados na areia molhada com um tom bege, olho para meu lado esquerdo e, no horizonte, avisto uma curva com alguns coqueiros. Lá é praia do Forte, mas o meu roteiro é em direção a Guarajuba.
Durante a caminhada, um grupo de amigos segue na mesma direção. Ao andar, eles vão deixando várias pegadas na areia. Nesse momento, meu olhar torna-se mais amplo e percebo que existem tantas outras pegadas, de outras pessoas que passaram. Pegadas indo, pegadas vindo, pequenas e grandes em minha direção. Alguns castelinhos na areia comprovam que ali mais cedo houveram crianças brincando. Sargaços são encontrados em toda parte, na beira da praia, aonde a onda morre, mais acima, nas encostas, demarcando até onde a maré subiu naquele dia. Com a maré um pouco mais baixa, pedras negras com a água em algumas frestas formam bancos para o grupo de jovens sentados ao som do violão. Senhoras, adolescentes e casais aproveitam a iluminação do sol para fazer caminhadas. Um casal de namorados deitado na areia espera o sol se pôr.
Fazendo a curva próximo a uns coqueirais, vejo a frente uma barraca de madeira, com as paredes pintadas de branco e os detalhes do telhado em amarelo. De vermelho, o nome barraca: do Tomate. Umas quatro cadeiras brancas de plástico, ao redor de uma mesa da mesma cor e materiais estão armadas num pátio à frente, outras tantas cadeiras e mesas estão empilhadas ao lado da barraca. Do outro lado, uma placa branca com letras em azul onde está escrito: proibido acampar. Ironicamente, abaixo da placa, vejo uma barraca pequena e cinza.
Continuo minha caminhada. Agora vislumbro o sol um pouco mais abaixo e uma grande curva. No fim, alguns coqueirais determinam que, a partir dali, é Guarajuba. Mais acima da praia, três barracas de camping azuis estão montadas num terreno baldio. Na frente delas, o mar com as ondas arrebentando e os surfistas boiando pacientemente esperando a onda perfeita. Alguns pegam uns jacarés, outros desistem e saem do mar fazendo o sinal da cruz.
Minha andada está chegando ao fim. Agora, na minha direita, está área de entretenimento do hotel de Itacimirim, com algumas redes de vôlei. Na minha esquerda, continua o mar revoltado e, na minha perpendicular, está o sol já escondido no horizonte por algumas nuvens negras. São seis horas, tenho que voltar para o ponto de onde saí, agora verei tudo novamente, só que pelo inverso, como o espelho que visualizo com o vai vem das ondas na areia da praia.
Um comentário:
Bom texto, cumpre a função, mas cuidado com o excesso de gerúnidos, como no trecho: "Na frente delas, o mar com as ondas arrebentando e os surfistas boiando pacientemente esperando a onda perfeita."
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