quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Cem anos de história

Jaqueline Barreto

Cidade do recôncavo baiano. Arquitetura colonial. Ruas e paisagens que nos remetem à época do Brasil colônia. Na cidade de Santo Amaro, a 100 km de Salvador, uma aglomeração de pessoas se forma. Todos estão ansiosos para poder parabenizar e contemplar a matriarca da cidade. Pessoas de vários cantos do estado e das mais diversas classes sociais estão presentes na comemoração do centenário, da maior representante do recôncavo baiano, Dona Canô.

Artistas consagrados do estado como Gilberto Gil e Margaret Menezes marcaram presença. E como não poderia ser diferente, políticos de distintas agremiações partidárias, também foram prestigiar a mãe da família Veloso. Roupa branca, cabelos grisalhos, estatura baixa e aparência dócil avisam que a rainha da festa acabou de chegar.

Dona de uma serenidade singular e de um respeito invejável, a comemoração do centenário da representante do recôncavo baiano, simboliza um poço de história e cultura. Nascida em um local que há muito tempo foi referência da economia da região nordestina, sempre esteve preocupada em beneficiar a população local. Com cerca de aproximadamente 60 mil habitantes, Santo Amaro da Purificação tem muito que agradecer a velha Dona Canô. A revitalização do Rio Subaé e a construção de um teatro servem para demonstrar a garra e perseverança dessa mulher que carrega cem anos de história.

Na missa em sua homenagem aplausos e momentos de emoção não faltaram. A cerimônia comandada pelo arcebispo Dom Geraldo Magela, era uma mistura de fé e emoção. Sua filha e consagrada cantora, Maria Bethânia, não hesitou em lhe cantar uma música, repleta de carinho e emoção. Todos estavam envolvidos por um clima de contemplação e alegria. Afinal de contas, a comemoração de cem anos de vida é para alguns poucos guerreiros.

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