sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Dona Canô - A centenária

Carlos José Costa

Através de trancos e barrancos, novenas e trezenas, lavagens e muitas lavagens, eis que a velhinha mais famosa do Brasil, dona Canô chega aos seus 100 anos. A mãe de Bethânia e Caetano teve sua festa de centenário, muito bem celebrada na sua cidade natal Santo Amaro da Purificação. Mesmo com a aparência de muito cansada, está bem lúcida. Fala sobre qualquer tipo de assunto e não se embaraça nem um pouquinho.
Por morar toda sua vida numa cidade do interior a simplicidade transborda ao redor de dona Canô que se sentiu muito emocionada ao beijar a Nossa Senhora, que fora trazida de São Paulo especialmente para a sua missa de aniversário. As pessoas ao redor pareciam se sentirem irradiadas, talvez pelo símbolo que a considerada matriarca do estado da Bahia, representa.
Ser mãe de dois artistas tão respeitados no mundo das artes, especificamente o da música, também é mais um motivo que faz com que a mesma tenha mais um diferencial em relação a qualquer outra velhinha que venha chegar a completar seus cem anos. Este é um ponto bastante evidente. Os dois, corujas ou não, falaram que Canô sempre foi uma mãe dócil, cuidadosa, maravilhosa.
A festa para conterrâneos da centenária, artistas e outros foi celebrada num hotel fora da cidade que parecia mais existir só ele, no meio de uma grande mata. Afinal é bem a cara do interior mesmo, aquelas cidades pacatas, e que fora do centro só existe mata. E assim foi marcado o centenário de dona Canô repercutido em toda mídia nacional como um marco histórico.

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