sábado, 15 de setembro de 2007

Ninguém merece!

Por Verena Cerqueira

6h30min da manhã, e o celular começa a tocar. Imaginei quem estaria me ligando àquela hora, e ainda, organizando meus pensamentos, percebi que era o alarme me avisando que já era hora de acordar.
Desliguei rapidamente e fechei o olho ainda sem captar direito as idéias. “Mas hoje é sábado”, pensei, “porque meu celular esta despertando?”. Alguns minutos depois, com as idéias se reorganizando na minha cabeça, abri novamente os olhos lembrando que hoje teria aulas às oito da manhã.
“Ah, não vou não, ninguém merece aula sábado as oito da matina”. Foi meu primeiro pensamento. Virei pro lado e voltei a dormir.
Minha tentativa de dormir não durou muito tempo, meu pai entrou no meu quarto, instantes depois, pedindo para que eu levantasse. Rapidamente, levantei da cama, peguei a primeira roupa que vi no guarda-roupa e fui para o banheiro.
Ai veio à parte mais difícil. Quanto mais cedo você acorda, mais difícil entrar no chuveiro. Na posição “inverno”, a água ainda estava fria, e só depois de uns cinco minutos de tentativas fracassadas, entrei no banho.
Ao sair, me enxuguei rapidamente e coloquei a roupa, na esperança de me esquentar mais um pouco, e, ainda insatisfeita com o frio, sai do banheiro e coloquei o casaco.
Sem nem arrumar a cama, afinal, estava muito “lenta” pra fazer qualquer coisa, me dirigi à cozinha para preparar o café. Coloquei água para aquecer, preparei o pão integral e fui para sala ver televisão enquanto a água fervia.
Nesse meio tempo, minha mãe já havia levantado para me levar à faculdade. Meu pai tinha saído para o, imperdível, jogo de tênis e alguém precisava me trazer. Pegar ônibus sábado de manhã do Imbuí até Ondina era para matar qualquer pessoa, já basta fazer esse trajeto duas vezes por dia durante a semana.
O barulho da água me avisava que era hora de tirá-la do fogo. Coei o café, coloquei na xícara e comi com o pão integral que havia preparado.
Assim que acabei, escovei os dentes, calcei as sandálias, peguei a bolsa e voltei para televisão.
Minutos depois, minha mãe saia do quarto, já arrumada, em direção à cozinha. Tomou seu café e avisou que estava pronta para sairmos.
7h40min e estávamos no elevador eu, minha mãe e Scooby, meu York Shire de três anos, que não pode ver uma porta se abrindo que sai. Descemos, indo em direção ao carro, e saímos de casa, e, sabendo que a orla, em algum trecho, estaria engarrafada, decidimos ir pelo Iguatemi, além de ser mais perto.
Pegamos quase todos os sinais vermelhos, meu cachorro não parava de tremer e se mexer em cima de mim, mas o cd de MPB que tocava no rádio, nos distraia, tranqüilizando-nos.
8h05min minutos cheguei à faculdade para mais uma aula de Redação III, com o professor Leandro Colling.
Nesse exato momento (9h14min), acabei de digitar este texto narrativo, como mais um exercício passado pela disciplina.

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