quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Minha vida de gato

Acordo tarde, já começa o dia e eu me espreguiçando bastante, adoro dormi na cama dos outros, sou um pouco lento, mais só um pouco, detesto água mais sou muito limpinho, todo mundo quer pegar em mim, mas não gosto muito desse contato o tempo todo, meu banho de língua encanta qualquer um, vivo brincando com a minha bola de lã e quando fico enjoado deito e durmo, como infelizmente não moro sozinho tenho que preservar alguns atos íntimos meus, sou exigente e minha comida tem que estar pronta quando chego do meu passeio diurno, nem gosto de implora por carinho, simplesmente consigo ser dengoso e quando menos esperam, estou deitado no colo ou no sofá de alguém, fico mais próximo de quem mais me dá comida, tempo frio não é comigo, não gosto de sair pra baladas noturnas, é só escurecer que eu já fico deitado no tapete bem quentinho e estirado, sou esperto e faço todos gostarem de mim, pois não dou trabalho, me acho tão esperto e bonito que ficar gastando minha voz de locutor é um desperdício, mesmo sem saber ler esses livros que os humanos lêem, sou bastante inteligente, me tratam tão bem e eu não preciso fazer nada, já o puxa saco do FM, o cachorro que mora na mesma casa que eu vivo, fica o tempo todo no pé pedindo carinho e só recebe carão, sai até na chuva quando os humanos chegam, e se por um acaso tiver um assalto na casa, ele vai ser o primeiro a morrer, vive metendo o focinho onde não é chamado e quer defender Deus e o mundo, até parece! Sou mais eu, se isso acontecer, vai ser o assaltante entrando pela porta e eu saindo pela janela, depois cronômetro um espaço de tempo de três horas pra voltar com segurança e chego como se nada tivesse acontecido, do tipo que fala: Olha o que aconteceu? Nossa que fez isso? Se todo mundo parar pra pensar comigo, vai enxergar que eu não tenho sete vidas a toa.

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