quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Histórias da minha tia

Isis Santana

Fôrmas, receitas, ingredientes, aventais, luvas e toucas. De repente, toca o celular. É uma cliente do escritório de contabilidade que quer tirar algumas dúvidas sobre o Imposto de Renda. Madalena desliga o aparelho e rapidamente liga para o marido, também contador, e informa a ele o caso da cliente. Com o fim da conversa, ela retorna ao trabalho de culinarista e indica à ajudante qual é o próximo pedido.

O telefone da fábrica toca. É para a empresária.

- Alô, Madá, é Marta que esta falando, tudo bem?

- Oi Marta, tudo bem.

-Madá, quero encomendar cem pãezinhos e dois bolos tradicionais (brigadeiro e prestígio) para entregar no próximo fim de semana.

- Tá certo Marta, meu marido entrega, na sua casa no sábado à tarde.

Assim é a agitada rotina da contadora, culinarista e mãe. Para Madá, o dia começa às 6h e só termina à meia-noite. No período da manhã, dedica-se à contabilidade, profissão escolhida há 21 anos. Pela tarde, corre para a fábrica de salgados, uma construção feita no fundo da casa, localizada em Brotas, onde coloca em prática todo o conhecimento culinário que adquiriu freqüentando cursos todas as semanas. Geralmente, ela se especializa em distribuidoras de doces e lojas de artigos para festas.

Madá é uma jovem senhora de 53 anos, olhos verdes, cabelo castanho claro, 1m56cm, casada, mãe de duas filhas, Gabriela e Rebeca. Muito sorridente, está sempre alegre. Em uma tarde de quinta-feira, porém, estava triste por causa de alguns problemas que tinham acontecido comigo. Resolvo passar na casa da tia Madá para tentar me animar um pouco, afinal, ela sempre tem uma história para contar. Depois de algumas horas de conversa, eu já estava mais alegre. Perguntei a ela como estava Ana e Daniela, as moças que trabalham com ela, nas encomendas de doces.

- Tia, Ana e Daniela já foram embora?

- Ana já foi e Daniela eu demiti.

- Demitiu por que?

- Comecei a receber reclamações dos clientes, dizendo que as entregas chegavam faltando peças. Observei que as encomendas arrumadas por Daniela eram as que tinham reclamações. Até que um dia eu a vi colocando dois doces na sacola, você acredita?

- Ela explicou por que tinha feito isso?

- Disse que estava levando para os filhos. Eu perguntei porque ela não tinha me pedido? Ela disse, com a cara mas cínica, “Achei que não tinha necessidade, dona Madá”.

Risos.

- Você ri, não é Isis?

- Me desculpe tia, mas a senhora conta de um jeito tão engraçado que não tem como não rir.

E, depois de muito papo, fui embora para casa, com mais uma das histórias da minha tia Madá.

Um comentário:

Leandro Colling disse...

texto veio com vários probleminhas, mais cuidado. quando diz que vai visitar a tia, texto ficava confuso, tive q mudar. mais cuidado. tem pouca descrição e não acho a história pouco interessante.