quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Sempre amigas, entre saltos e perucas

Silmara Miranda

No final do ano de 2006, eu estava trabalhando em Goiânia e, na volta para Salvador, onde moro, fiz uma conexão em Brasília. Resolvi passar uma noite lá, estava morrendo de saudades da minha família, mas confesso que queria mesmo assistir a um show de reggae com minha amiga Carla. Eu chegaria em Brasília na sexta, mas no sábado já teria que estar em Salvador, teve que ser tudo muito bem planejado e cronometrado para não perder o horário. Seria uma noite só de curtição. E que curtição! É bem verdade quando dizem que a companhia faz a diversão da noite. A Carla é a minha diversão, sempre é!!

Cheguei em Brasília, matei a saudade de todos e me arrumei dos pés a cabeça para sair. Depois de estacionar, ao descer do carro com meu salto agulha, a primeira coisa em que piso é numa poça de lama!

- Que droga!!!, reclamei indignada.

- Como é que você vem de salto pra uma festa roots, guria? - disse Carla, sem conter a risada.

- Guriaaaaaaaa!!! Por que você não me avisou que era festa roots??? - respondi, sabendo que era um show de reggae, mas talvez meio perdida ou afobada de estar indo à uma festa curtir com minha amiga depois de tanto tempo.

Essa foi uma das muitas histórias que já aconteceram quando estou na companhia da Carla. Certa vez, nas férias dela, resolvemos passar uns dias em Porto Seguro, já que eu teria que trabalhar no mesmo lugar dois dias depois. Como eu danço em uma banda que as pessoas conhecem e sou modestamente popular em Porto Seguro, por já ter trabalhado dançando em barracas de praia lá, resolvemos inovar.

- Carla, se eu for pro show hoje a galera toda vai me reconhecer! - eu disse, já com a intenção de aprontar e não ser percebida.

- Já sei guria! Vamos colocar uma peruca aí! - resolveu Carla.

Duas horas depois, eu estava eu lá na festa tentando ser discreta. Vesti uma calça jeans, coloquei um tênis, uma jaqueta para cobrir o decote e não chamar tanta atenção e a peruca! É obvio que, em Porto Seguro, só encontramos uma de rastafári, né? Pois eu fui com essa mesmo, um cabelo preto até os ombros. E ainda tinha um gorrinho de Bob Marley para completar. Bebi mais do que deveria, chamei atenção mais do que podia rindo e dançando. Todos me reconheceram e vieram me cumprimentar. Que disfarce fuleiro, hein? E mais uma com a Carla...

2 comentários:

Emerson Santos disse...

Adorei, veja o meu também!! foi do dia em que eu fui com Reinaldo na gravação do DVD do NATA DO TCHAN!!

Leandro Colling disse...

a segunda história poderia render mais, é mais interessante. acrescentei algo ao título.