quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Mais um dia

Por karina Oliveira
Como de costume, acordei aproximadamente às 10h, pois tenho insônia e não consigo dormir direito à noite. A sensação de ficar rolando e vendo o dia clarear não é muito agradável e o reflexo pode ser percebido no meu humor. Levantei-me e liguei a televisão. Vi que estava passando na Band um programa de culinária. Tentei assistir um pouco, mas a fome falou mais alto. Deixei a TV ligada e fui à cozinha ver o que tinha para comer. Abri a geladeira e peguei os ingredientes necessários para prepara o café da manhã.

Às 11h30 dei início ao longo e cansativo processo, que é a arrumação da casa. Ouvindo uma seqüência de música previamente escolhida. Djavan, Lulu Santos e Negra Lee. Não sei o que acontece, mas não consigo fazer nada sem ouvir música. Fica um clima estranho, aquele "silêncio ensurdecedor". Aumentei o volume, e enquanto arrumava a casa, cantava que nem uma descontrolada. O tempo passou rápido, parecia estar contra mim. Quando olhei para o relógio e percebi que estava perto da hora do almoço, tentei adiantar o serviço, até que as 11h52 percebi que havia terminado minha jornada de todos os dias.

Sentei no sofá e continuei selecionado as músicas até 13h. Aquelas melodias, letras e ritmos mexeram comigo. Fiquei triste. Pensei na vida, no que havia feito e deixado de fazer. Mas o tempo não pára e a fome mostra seus sinais novamente.

Desliguei a música e corri para a cozinha, aquela sensação de melancolia não me incomodava mais. Peguei o prato, mas não estava como muita fome. Comecei a me servir; feijão preto, arroz branco, frango e salada. Depois voltei para sala e aproveitei para assistir o jornal hoje, que estava passando na Globo. Fiquei lá sentada ate o programa acabar. Levantei-me e andei em direção ao quarto para começar a ler o tal do livro; A moderna tradição brasileira. A leitura era um pouco chata, mas tinha que ser feita. Enfrentei bravamente o meu desafio de ler aquelas intermináveis linhas. Por volta das 15h terminei o árduo sacrifício.

Então, dei início outra jornada. A preparação para faculdade! Arrumei a bolsa, coloquei tudo que ia precisar; livros que deveria devolver na biblioteca, caderno, canetas e celular. Quando de repente, fui surpreendida com a falta de energia elétrica. Não quis acreditar que com aquele tempo nublado ia ter que tomar banho frio. Eu detesto banho frio! Pulei para lá e para cá, ate que terminei. Olhando pelo lado positivo ate que foi uma experiência bem legal tomar banho a luz de vela.. Passei para o quarto e rapidamente me arrumei para sair. Peguei a bolsa e o capote. Confesso que não queria ir para a faculdade. Nesse momento houve um "confronto árduo e feroz" dentro de mim. 51% de mim queria ir para a aula e aprender novas coisas e os outros famigerados 49% queriam o aconchego da minha cama. Depois de um tempo de confusão mental, decidi... fui!

O processo não foi tão horrível, após 30m no ônibus, relativamente cheio, lá estava eu no laboratório de informática, sentada, ouvindo e viajando ao mesmo tempo na explicação da atividade que deveria ser realizada durante a aula. Parecia o fim de mais um dia, porém ainda faltavam três viagens a serem realizadas; a primeira do Ise, onde tinha assistido à aula de Redação III para o Isba, lugar em que, começaria a segunda (viagem); aula de Filosofia. Pense na pessoa que fica voando e que se pergunta o tempo todo: "o que estou fazendo aqui"? Não obtive resposta, mesmo assim continuei "assistindo" a aula, para finalmente dar continuidade a última e mais prazerosa das viagens (terceira) à volta para casa.

22h chego ao ponto de ônibus próximo a Faculdade. Vejo que tem poucas pessoas e, que essas também vão pegar o mesmo ônibus; o famoso (somente para quem espera ansiosamente por ele todas as noites), Vila Ruy Barbosa. Eis que surge ele em meio a paisagem da orla. Todos se preparam para subir, e entrar primeiro. Eles parecem tentar desmentir aquela lei da física "dois corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço". Ou seja, é um empurra-empurra generalizado até que todos subam, e a paz volte a reinar. São mais 30m de viagem até chegar ao bairro onde moro. Entro em casa e fico pensando no novo dia e nas coisas que tenho para fazer. Antes que entre em parafuso, fecho os olhos e durmo

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