segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Novo dia e mais uma rotina

Por Thaís Bittencourt


As oito e meia da manhã acordei sem muita pretensão de levantar da cama quente e macia, o meu corpo ainda pedia mais sossego. A pouca luz que adentrava o meu quarto me embalava nunca louca vontade de permanecer estática. Os meus pés estavam doloridos e com calos do salto que usei para sair no dia anterior. Com muito custo levantei, arrumei minha cama, troquei de roupa e fui pra rua levar meu cachorro para mais um passeio matinal, escutando o barulho dos carros e vendo o passar das pessoas abafadas pelos seus deveres do dia-a-dia. Retornando para casa, minha mãe me chamou para me dizer o que ela queria que eu fizesse: passar vassoura na casa, estender a roupa que no momento estava na máquina (no seu habitual barulho que o tempo lhe deu) e ir ao banco fazer pagamentos.

Após ela sair de casa, dei comida pro cachorro e fui preparar o meu café. O rummm do liquidificador era o som, que junto com o latido do cachorro, compunha uma orquestra para a preparação da minha vitamina. Comi pão e biscoito na frente do computador, olhando as notícias do dia, o meu e-mail, os recados do orkut e ouvindo músicas agitadas, para elevar o meu astral.

Umas dez horas o telefone tocou quebrando o silêncio e a minha concentração com os afazeres da casa. Era meu pai querendo saber como eu estava, e se eu já tinha procurado minha prima pra saber se ela conhecia algum médico especialista em alergia. Depois que respondi a outro interrogatório perguntei como ele estava, e ele me respondeu, um pouco enfadonho que tava bem, trabalhando e comentou da estripulia de seu gato.

Meio-dia almocei assistindo televisão, depois fui para o computador dar mais umas olhadas no orkut ao ritmo de Justin Timberlake. Entrei no msn para contar e saber dos babados do feriadão. Ao mesmo tempo em que me perdia nas palavras infinitas escritas pelos meus amigos, comecei a fazer um trabalho da faculdade, mas ao ver o relógio deixei o exercício incompleto para terminar depois.

Na faixa das duas e meia fui me arrumar para sair. Antes de ir embora, busquei nos meus pensamentos qualquer coisa que não deveria esquecer. Certificada de que nada faltava, caminhei em direção ao banco para fazer os pagamentos, me perdendo nas lembranças do meu fim de semana. Pouco tempo depois de ter enfrentado uma singela fila, já estava de volta a minha caminhada, agora em direção a faculdade e de novo perdida em minhas lembranças.

Às quatro horas cheguei à faculdade e sem perder tempo andei em direção ao laboratório de informática: precisava terminar o trabalho, e tinha pouco tempo. Em meios as tics e tics dos teclados e as conversas paralelas, procurava nas profundezas do imaginário da minha mente, momentos para serem transformados em palavras e mais palavras. Finalizado o trabalho, com a mente totalmente sugada, percorri uma rua escura até o prédio de aulas, para mais uma noite de abstrações.

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