segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Iniciando a semana

Alice Coelho

6h20 da manhã. Estou sozinha em casa. George saiu tão silenciosamente que nem o vi. O celular toca, avisando que está na hora de levantar. Ativei mais dez minutos de soneca. “Dá tempo”, pensei. O celular toca de novo às 6h30. Ativei mais dez minutos. Às 6h40 não dá mais para ficar de preguicinha na cama. Tomo coragem, dou um salto e vou para o banho. De banho tomado, por volta das 7h, pus o leite para esquentar. Enquanto isso, aproveito para trocar de roupa. Na frente da TV, a hora do café é também momento de assistir parte do noticiário.

Já são 7h30. Hora de acelerar. Já estou atrasada. Não acredito que vou chegar tarde de novo. Pego duas ameixas, biscoito e uma garrafa de chá, que estavam separados previamente. É um “saco” andar com a sacolinha do lanche, mas me propus a iniciar uma dieta essa semana. Não vai dar tempo nem de pôr o batom. Talvez consiga fazê-lo no ônibus.

Esse ritual de todos os dias me cansa. Isso tudo parece mais uma gincana. Prefiro os dias em que posso fazer as coisas sem essa amarração do horário. 7h35. Saio de casa. Não chego a tempo de pegar o ônibus do horário habitual. Paciência. Resolvo dali em diante só olhar para o relógio quando chegar no trabalho. Sou muito estressada com o horário e começar a semana aborrecida não é nada bom.

Apesar disso, foram somente dez minutos de atraso. Às 8h40, já estava sentada em frente ao computador para checar os e-mails. Lá pelas 10h40, lembro que tenho que lanchar. É uma forma de não sentir tanta fome e exagerar no almoço. Como uma ameixa e dou a outra à colega de trabalho. Estão as duas tentando fazer dieta. No horário de almoço, saio com ela para almoçar. Nos vigiamos para não exagerarmos. Foi o dia em que bati o recorde em menor valor do almoço: R$ 5. Duas vantagens: economia e refeição leve.

Não dá para voltar ao trabalho logo depois do almoço. Então, opto por dar uma caminhada e ver as novidades na banca. Tem muita revista de fofoca. A que me chama atenção tem Fábio Júnior na capa com a sua mais recente esposa. “De novo”, foi o que me surgiu na cabeça quando vi a revista.

Em algum horário próximo das 14h, volto ao trabalho. Ainda ficam algumas pendências da manhã. Resolvo-as logo, imprimo alguns documentos para entregar ao chefe e definirmos as prioridades dos próximos dias. O volume de trabalho cresce e é preciso não dispersar.

Em mais ou menos 40 minutos, volto ao computador. Mais retornos por e-mail. Agora preciso achar um telefone do pró-reitor de uma universidade particular. No site só tem um único telefone. É para ele que ligo. Depois de muito tempo na espera, enfim acho alguém que pode me dar informações mais concretas. Acho que agora é só esperar. Caso contrário, terei que insistir em uma nova ligação amanhã.

A próxima atividade exige que eu aprenda a usar um programa desconhecido: o Sphinx. Programa meio bobo, mas de grande utilidade para quem o usa para tabulação de questionários. Demoro um pouco para me adaptar e algumas dúvidas me forçam a acionar a colega.

Às 17h30 saio da Graça, onde trabalho, para a faculdade, em Ondina. Normalmente, é um trajeto rápido, mas um atropelamento nas proximidades do Hotel Othon me atrasa um pouco. Hoje a aula de Redação III é no ISE. Prédio longe do principal, em uma rua escura e de calçada toda desnivelada. Ao chegar na sala, um pouco mais que 18h20, não vejo ninguém. Espero um pouco até que duas colegas aparecem. “Ufa”, pensei que ia ter que ficar procurando sala de novo.
O dia não terminou. Ainda tenho mais duas aulas de Filosofia. Não estou curtindo muito. Até agora não vi muita “utilidade” dessa disciplina para o jornalista. Mas vamos lá. De olhos atentos no conteúdo, ei de perceber “qual é” a dessa disciplina. Sei que essa semana não vai ser mole. Preciso adiantar alguns trabalhos, mas não vai ser hoje. Quando chegar, quero tomar banho, namorar se possível e dormir. E, de preferência, amanhã não chegar atrasada no trabalho.

Um comentário:

Leandro Colling disse...

muito bom, com ritmo. siga